Há coisas que nunca mudam.
“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,”
Mudam a fé e a esperança,
As pessoas que trago na lembrança,
Mudam-se as crenças e as verdades…
Mas há coisas que nunca mudam.
Pode a lua minguar sem ninguém notar,
Ou crescer até ficar gigante.
Fica cheia lá no alto, cativante…
Ou renasce mais uma vez, sem parar…
Neste meu mundo nada tende a mudar,
Nem este meu medo de sofrer
Nem toda esta repressão de viver,
Vale que a dor esvanece-se no acto de chorar…
É mesmo verdade, nada muda.
Já de nada adianta sonhar,
Não adianta sequer querer pintar o futuro,
Está tudo escrito, predestinado!
Esforço inglório lutar contra o destino…
E este é o ponto final,
Este é o fim do caminho…
É aceitar o que o destino me dará
É baixar os braços e submeter-me à sina.
Há coisas que não mudam mesmo
Nem hoje, nem amanha…
Nunca!