O dia está pintado de branco,
As pessoas correm para o exterior das suas casas
Apesar da temperatura se situar em valores negativos,
A neve convida à liberdade.
As pessoas correm pelas ruas, extasiadas,
Como se se tratasse de uma bênção,
E eu aqui dentro, no quentinho,
Observo, escrevo, penso com o coração.
Um tudo-nada confundível,
Surge o teu vulto na imensidão branca,
A neve parece derreter à tua passagem,
O teu calor aquece, aquece o meu coração.
Atrevo-me a sair assim de casa, à pressa,
O frio faz-me procurar um agasalho,
Mas ao pé de ti, todo o frio é calor,
E todo o calor é inferno, ardente.
E assim caminham duas almas
Pela imensidão de neve, pura,
Por caminhos sem quaisquer armadilhas,
Onde perdura o níveo, a brancura.
Tal cenário, inspira à exaltação de sentimentos,
Aqueles mesmos que sinto por ti,
O amor com a chama da paixão bem luzidia,
Parece não passar tudo de um belo sonho.
E não é que acordo momentos depois,
Sou completamente dominado pela angústia,
Porque é que os sonhos não se tornam realidade?
O ideal faz do homem um boneco.
Uma marionete que usada pelas mãos erradas,
Nos fazem morrer a todo o momento,
Mas usado por ti, seria bem melhor,
Seria realizar o meu grande sonho.
Sabes agora que ter-me no teu peito
É o que eu mais almejo,
É viver o sonho, mas no mundo real,
É sermos um só, um Ser único e puro.