Primavera II


A minha Primavera é o teu sorriso.
Por isso, não tem tempo, não tem ano,
Nem na cronologia qualquer dia.
Ela é a alegria dentro do ser completo.

Podem mudar o tempo, as vontades,
As rotas do rei-sol, a translação
De estrelas e cometas, que o teu olhar
Traz os prazeres da vida ao coração.

Ela anula as dores cruéis do corpo e da alma.
Transforma o que é triste em alegria
Na dádiva do amor - a imensa palma
Que traz felicidade ao dia-a-dia.

Logo, o teu sorriso é a Primavera
Que gera alegria mesmo numa longa espera.
Primavera I

O meu amor, sozinho,
Mais parece um jardim sem flores.
Gostava de lhe poder dizer, a ela,
Como é triste este sentimento de saudade.

E como eu gosto dela!
E ela de mim!
Mas parece que estou mais longe dela
Que da estrela poente ao fim da tarde.

Estrela, eu te digo agora:
Desce à terra! O amor existe
E a poesia pode surgir quando
A primavera nascer,
Para não mais morrer.

Não há mais amor sozinho,
É na união que ele prevalece.
Eu dar-te-ia todo o meu carinho,
Só pedia a nossa felicidade.

Vejo tanto no meu amor,
Um encanto talvez infinito,
E, no entanto, ela não sabe que tudo isto existe.
É muito triste sentir saudade.

Amor, eu te direi,
Amor que tanto procurei.
Ah, se eu pudesse ser
A tua primavera
E depois morrer.

Arriscar...

Quantas vezes sentimos vontade de ser
Um rio cheio, a transbordar,
Uma bomba que tudo arrasa,
Um furacão que arrasa tudo.

Mas, outras vezes temos vontade de ter
Um canto escuro onde nos possamos esconder,
Um labirinto para nos perdermos
E onde podemos fazer o tempo parar.

Oh, esta dor de saber que na vida
É melhor estar com um pé atrás e
Ser um bom perdedor.

Amor, minha musa perdida,
Anda e cura esta ferida
Deste poeta sonhador.
Muito para além do tempo



Onde anda esse amor infinito
Que eu procuro e não sei onde está.
O meu pensamento pertence-lhe já,
Sempre, sempre muito longe.


Esse lindo amor que se esconde
Nos confins do universo.
Vive em mim muito para além do tempo,
Longe… muito longe… mas onde?


Porque é que não surges agora mesmo,
Como um astro, sol;
Como um elemento, água;
Assim como o surgir da madrugada.


Esse amor que o amor prometeu
E que até hoje não vi sequer,
Por que não está ao meu lado?


Esse amor sem fim, onde andará?
Esse meu amor,
Onde andará?
Deve ser amor


É, sinceramente, amor…
Não sei o que em mim vai.
É como uma dor aguda,
Que dói sem qualquer mal ter.


Sim, é ter o coração repleto
De melodias e canções.
É uma droga para a minha alma.
Deve ser, só pode…
Deve ser amor.


Dança, uma dança bem diferente,
Isto sim é estar contente.
Este gosto de chorar, de rir, de chorar…
Música, um ritmo envolvente
Como o nosso amor, querida.
O amor da Lua


São muitos e diversos, os perigos
Para quem vive na paixão,principalmente
Quando somos abordados por uma lua
Que estava, no céu, esquecida.


E vivemos desvairados ao seu luar,
Ao som de uma qualquer música.
Então, aí, devemos ter cuidado,
Pois, o amor anda muito perto de nós.


Um amor repleto de luz,
De música, paixão e sentimento
E que faz a nossa vida mais que perfeita.


Um amor que é em tudo igual à lua:
Tão lindo que só espalha sofrimento,
Tão cheio de pudor que vive nu.
A vida tem sempre razão


Tenho dias em que dou por mim
Sozinho, a pensar na vida.
E, muito sinceramente
Não encontro soluções aparentes.
Como é possível?
É que nem posso compreender:
Mal saímos do ventre da nossa mãe
Começamos aí mesmo, a morrer.
Depois de uma chegada gloriosa
Vem uma partida angustiante.
Não existe nada neste mundo
Que não envolva uma grande perda.


Sei lá, já não sei nada.
A vida é uma grande (des)ilusão
Sei lá, já não sei nada.
Só sei que a vida tem sempre razão.


Nem nós sabemos, sequer,
Que males esperam por nós.
Encobrem-se perante nós e
Fazem-nos até esquecer,
Que coisa alguma renasce
Antes mesmo que se acabe ela mesma.
E o sol que nasce todas as manhãs
Tem de anoitecer também.
De nada adianta esperar,
Ficar sempre à espreita de algo, pois,
A hora do “sim” chegar
É quando houver um descuido do “não”.


Sei lá, já não sei nada.
Sei, apenas, que preciso de paixão.
Sei lá, já não sei nada.
Apenas que a vida tem sempre razão.
O meu amor é como um rio


Este infinito rio de amor,
Que chega a ser maior do que o tempo,
Este amor é bem real, e que, contudo
Eu não quero viver mais.

Este amor que surgiu do nada
E que dentro do mesmo nada se tornou tudo.
Este amor que é um lugar guardado para o
Meu corpo que se encontra acabado.

Este meu amor é como um rio, um rio
Noctívago, infindável e vagaroso
A deslizar pela vegetação imóvel.

E que me leva com ele no seu curso,
Iluminado pela paixão das trevas
Para um mar longínquo e sem fim.
Riso da noite


Esse riso é como um canto célebre
Da primeira estrela da manhã.
Milagre da primavera que chegou
E fez a neve, pouca, em água límpida.
Como uma rosa aberta ao vento,
Um riso muito breve...

Não, esse riso foi o canto célebre
Uma melodia perene em mim,
Som translúcido das gotas da chuva
A tocar a minha pele...
Harmonia perfeita e imperial,
Extremamente mágica se faz sentir no silêncio.

Oh, música que encontro na natureza,
Não temas ser inferior ao meu amor!
Maior mistério é o sonho,
Se, de repente, se apaga o riso na noite.
Madrugada


Pensar que já vivi na sombra escura,
No ideal de dor, triste ideal
Que, mais do que as paixões, o bem e o mal,
Trás sofrimento a toda a criatura!

E essa mesma paixão, uma flor amarga,
Foi um autêntico tiro no pé.
Uma completa falta de ternura,
Sempre complicada e angustiante!

Pensar que a vida é fácil,
Que tudo nos trará felicidade eterna,
É um erro, é negar a própria existência!

Hoje eu libertei-me, revoltei-me,
E este ódio é todo por ti,
Este misterioso amor perdido.
A ave que me desperta


Confrontei aquela ave.
Aquela que todas as manhãs, docemente,
Muito de mansinho, me desperta.
Confrontei-a e acabei vencido.

Achei-me mais livre que ela…
Ela que, de um salto, se eleva nos ares,
Ela que leva música a todos os lugares,
Ela que me faz sentir incapaz, inútil…

Achei-me capaz de voar, de chilrear até,
Mas nada se concretiza como todas as suas façanhas.
Um ser aparentemente sem qualquer importância
Guarda, em si mesmo, preciosismos desumanos.

E se algum dia a vir no chão,
Não fecharei os olhos e seguirei.
Cuidarei dela como que de um Deus se tratasse,
Possuidora da verdade natural, a verdadeira natureza.

Disse-lhe que amava alguém divinal
E a sua reacção deixou-me comovido.
A ave chorou…
Limpou as lágrimas, falou, partiu…

Disse-me que também eu era um ser completo,
Pois quem ama pode muito bem voar…
Quem ama canta melodias vindas do coração,
Escreve, com penas, palavras que só o tempo apaga.

Todas as manhãs ele lá está para me acordar.
Trocamos impressões várias sobre o mundo,
Ideias, opiniões, questões ainda por responder.
Mas o amor, desde então, passou a ser assunto fundamental.
Palavras desencontradas...

A gélida distância
No tempo que já passou...
As tuas palavras gelaram o meu coração,
Não passou de uma questão de amor,
E uma fria verdade, sem calor.

As tuas palavras chegam a ser vazias,
Parecem ser ditas por obrigação,
Cruéis e angustiantes palavras.
Sem qualquer sentimento inerente,
Palavras ditadas ao vento,
Perdidas, palavras sem emoção.

Antes, absorvia as tuas palavras,
Elas incendiavam a minha pele,
Agitavam a minha alma de poeta,
Tornavam-se em grandes poemas,
E, no fundo, acalmavam-me,
Acentuavam o meu espírito.

Agora sinto tristeza nas tuas palavras,
Frias, apagando a minha última esperança.
São palavras desencontradas,
Palavras que nada dizem, mudas,
Presas ao papel, apenas,
Palavras que nada mostram,
Além do pouco que não dizem.

Fazem-me duvidar estas palavras,
Da tua indiferença,
Onde o carinho tende a estreitar.
Foram-me cravadas, no peito, facas,
Lâminas cruéis da realidade,
Mesmo no meu coração de apaixonado.

Como podes, tu, matar alguém?
Apenas com palavras desencontradas.
Nunca irás saber, Amor

Nunca irás saber, Amor,
A quantidade de vezes que te lembro,
Da forma como te amo loucamente,
Sem poder gritar como um perdido!

Nunca irás saber, Amor,
Das músicas que imaginei para ti,
Que toco em sonhos, só para ti,
Elas fazem-me chegar ao teu coração!

Nunca irás saber, Amor,
Dos meus dedos que percorrem a tua pele,
Dessa forma que te vejo sorrir para a minha alegria,
Que se torna uma visão angelical!

Nunca irás saber, Amor,
As vezes que procuro a tua face,
Um só tom que não desafine,
Na música do meu querer, mas em vão!

E ainda, Amor,
Que eu saia por aí a cantar delírios,
E decerto que te olharei bem do horizonte,
E verei que és a minha luz, em forma de ilusão!
Noites em claro...


Noites em claro,
Um vai e vem à luz do luar,
Na cabeça tem lugar o pensamento,
No exterior tudo parece bizarro.

Não sei se sinto já…
Julgo até que só pressinto.
Já nada me atrai neste lugar,
Preciso de ir mais longe, voar…

Os lobos uivam na noite escura e silenciosa,
Não me provocam qualquer sinal de medo.
Continuo a escrever…
Como o fazia antes e como o continuarei a fazer.

Enfim, habito neste meu espaço medíocre,
Dentro de versos que inventei
Nestas noites que passo em claro,
Depositando na lua todo o meu amor.
Sabedoria


Procuro o saber… passo a passo…
Ver, ouvir, aprender de forma natural.
Vivenciar tudo de todas as formas possíveis,
Esta vida banal de um ser banal também.


Conhecer o que faz a minha alma elevar-se,
Reconhecer que já muito sei,
Mas nunca admitir que sei tudo,
Jamais acabar sem deixar a minha sabedoria a outros.


Tolerar que exista o desconhecimento,
Ao mesmo tempo plantar a dúvida,
Pois só a incerteza conduz à aprendizagem.
A dúvida faz-me alcançar certezas lúcidas.


Por maior ignorância que te exijam
Ouve, vê e diz com toda a certeza e convicção.
Cá por dentro só eu sei como vou…
E essa sim, é a única sabedoria que nunca saberás.

O meu castelo...


Planeei, trabalhei, criei…
Na ânsia de vir a ter um segundo memorável.
Para poder ver através do nevoeiro cerrado,
Poder ver o arco-íris no seu real valor.
Tudo fiz para apagar as lágrimas da saudade,
Fazer delas gotas de chuva, gotas de amor…
Tentei que este meu medo
Se fizesse força para a tudo resistir…
Para que os pesadelos da solidão
Não derrubassem por terra esta minha ambição…


Construí um castelo de sonhos.
Que magnifico castelo este…
Só necessita de chave para entrar,
E essa chave só a tem,
Quem, na realidade, sabe amar…

Alberto Caeiro, o Mestre...
O amor teima em fugir


Ah! Este amor de poeta sonhador…
Consegues ver? Consegues sentir?
Transparente, de extrema brancura,
Sincero, uma rosa no jardim da vida.


Ah! Esta alma de poeta sonhador.
Dilacerada pela triste realidade,
A alma adoece alarmadamente a cada momento
Maleita que abate mas que não mata…


Procuro uma alma gémea,
Que portadora de amor semelhante
Me possa acalmar a dor que sinto,
Que possamos, juntos, amar.


Mas, desiste poeta sonhador…
Chega de marcar com cicatrizes o corpo,
Chega de enganar a cada segundo a alma,
Chega de viver na ilusão…


Nunca encontrarei o que busco desesperadamente,
Nunca serei completo…
E tu, que partilhas semelhantes ideais,
Foges de mim, aumentas o meu sofrimento.

Meu e teu, amor...


O tempo correu e eu com ele, pensei: Tudo está perdido!
As luzes, sem brilho, dos candeeiros da rua
Não passam de ilusões na noite perdida.
E eu sem esperança de tu chegares… triste amante sou.


Tudo desencontrado… Um telemóvel, uma mensagem
E a confirmação da tua chegada…
Uma mistura de surpresa e contentamento,
Os cânticos entoados no meu coração.


Bem mais brilhante que a luz do luar,
Muito mais emocionante que os contos natalícios
É este meu desejo de te desejar…
Tu, estavas finalmente no meu caminho.


O sorriso mais translúcido, a elegância mais sublime,
A simplicidade característica do amor verdadeiro.
Um simples passo teu iluminou toda a minha vida
E nesse mesmo segundo o destino se criou.


É tão fácil amar-te, tão fácil querer-te, tão fácil…
Sou completamente feliz agora,
Vi em tempos esta felicidade, julguei ser ilusão.


Ficas-te no meu peito a gritar versos de paixão,
Nos meus olhos rimas a todo o tempo.
Desconheço apenas o caminho que devemos seguir.

Sinto-me tão só...


Sinto-me tão só...


Eu e esta estranha sensação de barulho ensurdecedor,
Eu e esta nítida impressão de que falta algo acontecer,
Eu e esta estranha prisão da alma no corpo,
Eu e a minha respiração aprisionada,
À mercê do destino e da efemeridade do tempo.


Sinto-me tão só...


Todos os eixos da alma, frágeis,
Já não aguentam a força insuportável
Da dor e do sofrimento extravasados pela paixão,
Vazam já, emoções, desordenadas,
Encharcando a minha vida como a chuva o costuma fazer.


Sinto-me tão só...


Desisto de mim mesmo, sem resistência
Deixo que tudo saia, deixo encharcar, deixo inundar
Solto-me totalmente, em passiva concordância
Enquanto à minha volta, o vento que passa
Grita bem baixinho:


Amar...
Amar...
Amar...

Amor, mar e vento...


O meu amor é como o mar,
Vasto e profundo,
Digo que é o maior amor do mundo
Pois sobra no meu coração,
O meu amor é imensidão…


Leve, flutua nas ondas,
Ondeia sereno para a areia
Onde repousa a sereia,
No sol morno e bronzeado,
O Meu amor sempre amando
Julgo que nunca se vai acabar,
O meu amor é como o mar.


O meu amor é como o vento
Acarinhando a bruma,
Espalhando a sua espuma
Numa voluptuosa canção,
O meu amor é emoção.


O meu amor é como o sol,
Vive aquecendo a terra,
O mar e os elementos,
O meu amor é sentimento,
Completa todos espaços,
O meu amor é como o vento.


O meu amor é como a luz
Que envolve a vida,
Arrepiando o corpo por completo,
O meu amor é o universo,
Cabe dentro dos meus versos,
O meu amor é verdadeiro.

Poesia...


Pára... Aqui existe sombra! Pára e descansa!
Para trás, ficou já, o deserto árido.
Ao teu lado, a correr num leito transparente
Brinca um riacho alegre como uma criança.


Aqui, a terra veste verde, cor da esperança
E na árvore que balança e faz sombra,
Está uma ave que canta com o balançar,
No ramo que coberto de flores está!


Há sombra aqui... há um pouco de paz à volta...
Chegas cansada e triste a arrastar as mágoas,
Pára, descansa um pouco... e sonha que te faz bem...


Dorme, e ouve a canção que, à noite, te embala,
Pois a vida  é como um rio que corre sem parar,
E a poesia é uma sombra à beira desse mesmo rio.

Sinais de ti...


Em cada livro escrito,
Em cada canto esquecido,
Em cada mundo perdido
Existem sinais de ti…


Posso vê-los por aqui…
Por ali…
Por todo o lado existem sinais de ti.


No chão que piso, no ar que respiro,
Na atmosfera que me envolve.
No rio que corre, nas árvores que crescem,
No sol e na lua que nos iluminam.


É impossível deixar de notar
Que em tudo existem sinais de ti.


Até na sombra oculta,
Até no choro angustiante,
Até na humanidade desconcertante
Existem sinais de ti…


A cada piscar de olhos
Constato que, até em mim,
Existem sinais de ti…

Quem sou eu?


Sou, de certo, um amante,
Amo a natureza e tudo o que dela resulta,
Nunca olho a gastos para a defender,
Depois das desgraças, procuro a bonança.
Recordações, são apenas memórias, nada mais,
Onde afogo por vezes as minhas lágrimas.


Mar que vais e vens,
Incendeia-me, e faz-me amar,
Gela-me e faz-me também pensar.
Um dia serás minha, amor,
E aí, saberás o que realmente sinto,
Lutarei por ti, a todo o momento.


Lutas nunca são em vão,
Onde o principal objectivo é realizar
Um sonho que vive em mim.
Reconheço, desde já, que senti algo
E que simpatizei contigo quanto te vi.
Nunca pude dizer-to, é certo,
Com receio vivo, de um desprezo teu,
O meu coração acelera quando me aproximo de ti.


Gelado pela distância de sentimentos,
Ondeio pelas ruas da amargura,
Maleável e com um ar rastejante.
Entro no teu coração, à força,
Sempre na dúvida da minha identidade.

Foste... e mais nada!


Foste embora sem dizer “Adeus”,
Partiste e o meu coração enegreceu.
Nem um sorriso final, um olhar,
Nada para além das saudades que sinto.


Desde esse dia não sou o mesmo,
Não respiro da mesma forma,
Não vivo sequer.
Sobrevivo, e com dificuldades.


Que importa o amor que damos,
A ternura que demonstramos,
A ajuda infinita que oferecemos,
Se tudo acaba por terminar.


Fica o sentimento de dever cumprido,
O gosto de ter amado.
O sabor da vida inalcançável,
O prazer de ter, contigo, vivido.


Agora…
Agora é tempo de seguir…
Voltar a viver, renascer…

Quando o sonho deixa de ser criança...


E quando o sonho deixa de ser criança,
Deixa de estar aprisionado,
Se solta e assume forma,
Ganha cor e até perfume.


Quando o brilho do olhar
Passa a estar nas estrelas do céu.
Quando as palavras escritas
Ganham asas e partem por aí, a voar.


Quando o grito de dor
Assume forma melódica.
Quando o choro angustiante
Dá vida às celestiais flores.


O sonho é um nada que é tudo,
Um mito tornado verdade.
Uma história sem tempo
Neste mundo de pura maldade.


O sonho não é apenas uma palavra
Dita por uma criança sonhadora.
É desejar a liberdade infinita
Sem nunca prejudicar o próximo.