Amor de Verão

Tu levaste-me e eu fui... na escuridão, atrevidos
Amamos, um pouco surpreendidos
Pelo calor que nos unia,
Nós que sempre estivemos separados…

Surpreendi-me, confesso-te, dos clamores
Com que encheste os meus patéticos ouvidos
E achei rude o calor dos teus gemidos,
Eu que os julgara sempre desolados.

Só assim arranquei a linha inútil
Da tua eterna túnica...
Para glória deste amor ardente.

Gostariam de te ver como eu te via
Depois, iluminada pela lâmpada macia,
Olhos reluzentes, sorriso astral, corpo divinal.