Esta minha mania...

Que mania esta, minha,
De desiludir quem me apoia.
Sinto-me fraco, abatido…
Tenho até nojo de mim mesmo.

Que mania de estragar tudo…
Decepção, desilusão… chamem-lhe o que quiserem.
Mereço nada… pois nada só fica bem
A quem tudo tem e tudo estraga…

Tenho em mim todos os males do mundo…
Não me queiras conhecer…
Não queiras sofrer, chorar…
Não queiras conhecer esta horrível pessoa.

Sou uma besta, sim…
Não há outro nome sequer…
Tenho pena até de ofender o animal,
De submeter o seu nome à minha insignificância.

Peço desculpa…
Se desculpas podem ser pedidas.
Perdoem-me…
Se quiserem salvar a alma deste pobre poeta.

O mal que faço nem desculpa merece…
Fica à vossa consideração…
Lanço apenas uma última prece…
Salvem este “ser” que nada merece…