Inconstante...

A minha poesia é inconstante…
Amor, sofrimento; Primavera, Outono…
Inconstante como a vida,
Como o barco que, no alto mar, ondeia…

Nuns dias o sorriso estampado nos versos…
Noutros as lágrimas espalhadas pelas estrofes…
Não levo a escrita por uma linha recta,
Ou estarei a confundir a vida com a escrita?

Nem a vida nem a escrita…
Em mim, nada tem um rumo definido.
Erradamente, deixo correr ambas
Como, em ziguezague, corre o rio.

Vamos, critiquem!
Quantos de vocês o mesmo fazem?
Não quero dar lições de moral,
Pois autoridade não me é confiada.

Apenas quero que outros evitem o erro
De viver a vida desafogadamente.
Façam do mal uma coisa boa
E do bem uma coisa ainda melhor…