Ainda consigo resistir, estou vivo!
Mas dificilmente conseguirei subsistir…
Acabo a apelar a um Deus cuja existência nego,
Porque desperdicei demasiado tempo na busca de liberdade
Quando nunca ninguém é livre de verdade…
Os teus piores dias foram os meus melhores
Mesmo assim, por ti, suportaria tudo de novo!
Descansas serena enquanto eu tenho insónias
Porque quem se preocupa fá-lo de verdade…
O que é que eu posso fazer
Quando a minha melhor parte és tu!
O que é que eu posso dizer
Enquanto enfraqueço e tu estás bem?
As coisas más acontecem com um motivo
Infelizmente nada me fará parar de sangrar.
Porque partiste e eu lamento-o,
Porque partiste para sempre, de verdade…
Conseguiste o meu coração e feriste-o,
Partiste e impingiste-me culpas…
Fiquei a tentar perceber o que restou
Porque me deixaste sem amor, de verdade…
Por mais traiçoeiro que o tempo seja,
Pela distância que tende a acentuar-se entre nós,
Nunca me esqueças…
Quero fazer parte da tua história,
Quero ser um capítulo da tua vida,
Uma lembrança que recordes a todo o tempo.
Quero ser parte de ti.
Nada te posso exigir,
Espero que o faças de livre vontade.
E que as nossas vontades sejam compatíveis,
Coexistam em plena graciosidade…
Sempre que estou consciente
Desejo co-habitar contigo o mesmo espaço,
Quando o inconsciente me domina
Aterrorizo-me com o medo de te perder…
Acordo bem cedo todas as manhãs
Com o desejo ardente de sentir o teu doce beijo…
Ao deitar deixo votos de contigo sonhar
E esperar poder despertar para mais um dia a teu lado…
Eu não te consigo esquecer,
Transporto-te, em mim, para todo o lado.
Só te peço que nunca, mas nunca…
Nunca te esqueças de mim.
O tempo passa tão rápido,
Mais rápido do que eu!
E eu que o quero gastar todo contigo...
Quero "ser" mais contigo!
Guardo segredos dentro de mim
Que ambiciono contar-te,
Desmentir esses maldosos boatos
Que te chegam aos ouvidos.
Tu nunca vais estar sozinha!
Daqui para a frente
Nunca mais vais estar sozinha!
Até que o tempo se esgote...
Agora consigo perceber
O que tenho vindo a perder...
Tenho falhado, sem querer...
Mas tudo vai mudar, os tempos vão mudar!
Tenho de viver todos os dias!
E se o amanhã nao chegar
Não deixar que te desvaneças na minha mente...
Pois cada momento é sempre único!
Tu sabes quando tudo isto começou...
Cada dia que passa, tu sabes!
Talvez um dia tudo acabe...
Talvez o amanhã nem aconteça!
Nunca mais vais ver o mundo, só...
O sofrimento teu vai ser meu também!
Se alguém for executado, eu que o seja...
Mas não me vou ausentar mais um dia sequer!
Vejo-as a fugir dos meus olhos!
Tento falar mas em vão…
Nada do que eu possa dizer te faz mudar de ideias!
Pega na tua mala e chama um táxi…
É tarde…1 hora… para onde vais agora?
Vais ficar com os teus amigos?
Eu preciso de saber!
Já se foi um cigarro…
Não, não devias estar longe de mim!
Estou a ir para onde penso que tu estejas,
Talvez ainda possa falar contigo…
Estamos de pé, frente a frente…
Antes que tudo se desvaneça
Ouvirei o coração, desta vez…
Tentarei mostrar-te a realidade!
É um eterno desassossego a minha vida…
Se tu partires, eu parto também!
Percorro todos esses becos citadinos…
Enquanto tu percorres a minha mente!
Podem tentar impedir-me mas não vão conseguir!
Não antes de eu poder “falar” com a minha mente,
Se ainda restar tempo…
Há bastante tempo que não trocávamos palavras…
Passou uma semana desde que tu,
Sabendo que nada voltaria a ser igual,
Me deixaste sozinho e envolto em dor!
Consegues arranjar uma explicação?
Naquela noite em que trocámos um longo beijo
Senti que todo o teu corpo tremeu…
Frio não estava e medo não tinhas!
Estávamos de costas para o mundo, sentados…
Dizíamos coisas que nunca ouvimos…
Quem adivinhava um futuro como este?
Esquece tudo o que falámos!
É a maneira mais simples de seguir avante
Antes que cometamos ainda mais erros…
Aquelas noites… acordados até de manhã…
Conversas até ao romper do sol
Que esconderam, na maior das alegrias, as dores…
Nada havia a perder, só a ganhar!
Ouves-me? Não quero cometer mais erros!
Será difícil arrancar a felicidade das minhas memórias…
Nem nas noites chuvosas,
Nem nos recantos mais sombrios me esqueço…
Pensava que nunca me iria sentir aparte!
E agora acabei com o teu nome tatuado no meu coração…
Quem adivinhava um futuro como este?
Deixei de amar, esqueci até os meus sonhos…
Perdi tudo no caminho,
E todas essas pequenas coisas que tu dizes,
Palavras que tanto significam…
Tu nunca desistes,
Por outro lado, eles recuam…
Tu sempre me escutas…
Tenho-me consumido nestas noites sem sono…
Seguro a vida por um fio
Que trago preso ao pescoço…
E, pelo que vejo, a única coisa que me consome sou eu,
Sinto-o e tu também…
Não sinto amargura alguma,
No fundo acaba por ser mais do mesmo…
Esta estrada que é curta e longa,
Um dia infinito para percorrer essa distância.
Adiante uma casa parada, a minha.
Eu sei pelo que tu estás a passar,
Acredita que vivo o mesmo a cada instante…
Lá de baixo ninguém nos vê!
Digo, com segurança, que:
Agora nós estamos sozinhos…
Nem um pequeno sussurro,
O único barulho é o dos nossos corações!
Conto todos os segundos
Até tu quebrares este silêncio…
Por favor quebra-o, eu não consigo!
Os pequenos sussurros viram gritos,
Os gritos viram lágrimas…
Das lágrimas surgem risos
Que afastam todos os nossos medos.
Este mundo não tem qualquer valor para mim.
Eu desistia de tudo só para respirar,
Até ao dia da minha morte, o mesmo ar que tu!
Não consigo tirar os meus olhos de ti…
E acabo a desejar
Palavras para descrever o que sinto!
Estou a sentir-me inspirado,
O meu mundo virou de pernas para o ar…
Consegues ouvir este som?
É o bater do meu coração a intensificar-se,
Bate mais alto que nunca!
Sinto-me vivo, cheio de força!
Estou a acordar, finalmente…
Um forte toque na minha história pessoal!
É hora de me extravasar
E deixar o meu amor chegar a ti!
Finalmente estou acordado…
Isto é o que tu ganhas
Quando consegues ver a vida
Nos olhos de outra pessoa!
Liga-me, por favor!
Liga! Estou desesperado pela tua voz…
Que ouvimos sempre, bem juntos:
Borboletas, começo do verão...
Tudo se repete…
Como quando nós nos encontrávamos.
Fica comigo esta noite
E amanhã serei um homem novo…
Sinto tanta ambição, tu e eu…
E estás ao meu lado,
Ressuscitas as minhas profundas esperanças…
É que estou cansado de "ser" sozinho,
E neste momento só me apetece voltar para casa,
Contigo!
Ouço vozes ecoarem nas paredes do meu quarto,
Vozes frias, sombrias…
Vozes que desconheço e temo.
Vejo, do tecto, caírem gotas de sangue,
Um coração ferido…
Antes repleto de amor e afecto,
Agora vazio e abandonado…
Pó acumula-se na mobília esquecida,
Flores, no vaso, secaram com o tempo.
Sou eu e tudo isto…
Sou eu e o meu pensamento…
Mexo e remexo no passado,
Procuro alento para enfrentar o futuro…
Já não sou mais amado,
O meu dia é de uma só cor: escuro!
Preciso de voltar a viver,
Sentir o vento bater na minha face…
Fitar o horizonte e não olhar para trás,
E evitar dizer que apenas “passei por passar”…
Que alguém sente o mesmo que tu...
Eu "canto" para ti
Porque sei por aquilo que passaste.
Não há muito tempo me senti assim também.
Somos como soldados, a marchar...
Se marcharmos a noite toda, nós veremos o sol.
Continua a marchar...
Continua a marchar...
Eu lembro-me das noites de verão, sozinho.
As voltas e revoltas na cama...
E tudo o que sempre sonhei, tu!
Também me lembro dos invernos muito frios.
"Fome de viver" era tudo o que conheciamos
E sonhávamos com o amor que estava em nós.
Somos como soldados, a marchar...
Se marcharmos a noite toda, nós veremos o sol.
Continua a marchar...
Continua a marchar...
Até vermos o Sol...
Até vermos o Sol...
Pelos bons tempos...
Pelos maus tempos...
Pelos longos dias...
Pelas duras noites...
Continua...
Até vermos o Sol.
Mesmo se eu não estiver a teu lado
Continua a marchar...
Mesmo quando sentires os dias longos demais
Continua a marchar...
Somos como soldados, a marchar...
Eu não tenho intenções de te magoar
Desculpa!
Sei que todos estes erros são incorrigíveis
Não acredites nessas mentiras
Desculpa!
Roupa branca, alma pura...
Estaria louco, não sei ao certo...
Mas parecia tudo tão real...
Mas eu vi!
Volta...
O céu azul torna-se fogo…
O mar calmo torna-se revolto…
O teu corpo agita a minha alma…
Incessantemente.
Quando menos se espera
A guerra termina e a paz se instala…
A fome acaba e as crianças voltam a sonhar…
O meu coração, em fogo, acaba por gelar…
Incessantemente.
Quando menos se espera
Sonhos tornam-se realidade…
As incertezas se confirmam…
A noite vira dia…
Incessantemente.
Quando menos se espera
Nasce um amor, uma paixão…
Cresce um homem sonhador…
Morre um poeta um amante…
Incessantemente.
Quando menos se espera
Tudo começa ou tudo acaba…
Tudo nasce ou tudo morre…
Tudo é amor ou tudo é ódio…
Incessantemente.
Num segundo, num mísero instante,
Tudo se torna inconstante.
E depois…
Nada é concreto, nítido…
Incessantemente.
A beleza da tua inocência,
Os desejos que tens,
A ingenuidade da tua maldade
Que me avivam.
Tu és o significado do tempo
Que eu quero guardar.
Tu és uma obra de arte
Que mesmo depois de concluída
Continua única e inigualável.
Tu és a mulher das mulheres
Que estando no meu destino
Representas tudo o que de bom existe.
Hesitante e triste
Procuro no teu olhar
O fulgor da adolescência,
Essa estranha chama
A que não consigo resistir
Por saber que estás infeliz.
Amo-te mais, mais te quero,
Numa opressão desesperada
De transformar essa dor
Numa grandiosa prova de amor
E querer ser eu a sofrer
A efemeridade do mundo.
Em que tocar-te era a luz do meu dia,
Mais longe ainda, o cheiro que sentia…
Infelizmente não passam de recordações,
Deste mundo em constantes mudanças!
Saudades de tocar-te, de abraçar-te, de beijar-te…
Saudades das palavras que trocámos com emoção.
Palavras repetidas e já bastante gastas de tanto lembrar…
Tão inocentes e ateadas por tanto amor.
Tudo acabou… tudo se desvaneceu… tudo se foi!!
Se arrependimento matasse…
Estaria eu já enterrado.
É desta forma que me sinto
Sempre que em ti penso, angustiado!
Prossigo com esta vida vulgar
Mas guardando no meu coração o teu lugar!
Viva o tempo que viver…
Estarei sempre à tua espera.
E por arrependimento, sofro por esta fantasia!
De te entregares
Com toda a força dos teus sonhos,
Dos desejos ocultos
No templo dos teus pensamentos.
Ama-me
Como, sempre, se tratasse do último dia
E nunca mais nos encontrássemos.
Ambos somos fogo, terra e mar
E incapazes de nos saciar
Viveremos para todo o sempre
Ligados um ao outro.
Cobre o corpo da amada.
Doura-lhe a pele macia, sedosa,
Enquanto ela, radiante, sol se torna.
E mais ainda, deixa que a brisa atinja
O seu doce rosto e os seus cabelos
De modo que eu, ao ver tal tela pintada
Não me impeço de a querer alcançar.
E consigo, encaro o Sol como adversário
Ao mesmo tempo que, num desabafo,
Peço-lhe que renuncie esses raios de luz.
E arriscando neste jogo perigoso...
Para a proteger, decido cobrir a amada
Com a espessa sombra do meu corpo em fogo.
Ruídos, morna, banha a minha amada
Que eu, sempre a ouvir, atiro-me a sonhar
Os sons como se fossem luz, cor…
Mas são tais os segredos e suspiros
Que, pela sua pela doce e suave
Diz-lhe a água, que eu friamente encaro
Os factos, me deito a seus pés.
E espero pela amada. Quando sai, obrigo-a
A contar-me o que se passou entre ela e a água:
– Ela que se confesse! Ela que diga!
E assim arrasto-me até ao limite da praia,
Confuso de tanto pensar, na minha mágoa
De não ter a certeza se a água é minha amiga.
O mesmo tempo que flui constantemente.
É imutável, todas as suas horas são frias
E passa, distante, pelas nossas emoções.
Somos nós que damos significado às horas
Com as nossas atitudes e emoções vãs.
O nosso corpo segue ao sabor do vento,
Segue até encontrar dimensão alguma…
Dor, medo, amor… de quê?
Poder, dinheiro, luxos… para quê?
Se tudo acaba quando pára o coração…
Restam as vontades aprisionadas ao corpo,
Água, terra, um corpo… história inútil!
A vida acaba por nada ser… uma ilusão!
Da alegria que tu despertas em mim.
Sinto que os meus dias são vazios
As horas não têm motivo nem fim.
Tenho falta de coragem, intenção
Para me libertar deste adormecimento
E dar uma nova vida ao coração
Desolado pela falta de amor.
Tenho saudades tuas,
Do teu sorriso, do teu olhar...
Tu ainda vives no meu peito,
Na minha alma, no meu querer.
Acompanhas o meu tempo,
És a minha motivação,
És a minha lembrança dolorosa.
Ficaste num caminho que desconheço…
Ficaste com a rosa e eu com os espinhos,
Ficaste com a cicatriz e eu com a ferida…
É o coração a gritar de amor…
Quando tenho consciência que nada é possível
É a razão a ordenar paciência…
Um coração que te ama,
Uma razão que te conhece…
O mesmo coração que te quer,
A mesma razão que te diz impossível…
Um grande dilema…
Duas forças incrivelmente antagónicas!
E não sei a qual delas deva obedecer
Pois tenho medo de voltar a sofrer!
Resta esta enorme vontade de vencer.
Entre a espada e a parede;
Entre o coração e a razão…
Que ao sonho conduzem.
Sonho emotivo, sonho racional,
Um único sonho: TU!
Uma realidade aparente
Que se divide entre o coração e a razão…